Pular para o conteúdo principal

As Etapas para uma transformação consciente -Parte 5


INICIAÇÃO 
Ontem, hoje, amanhã

As iniciações são passagens que marcam ao mesmo tempo um nascimento e uma morte. Há uma renúncia tendo em vista um bem maior. Toda mudança importante pela qual passamos — desde a saída de casa para entrar no jardim da infância até o casamento, das alterações hormonais da puberdade até outras que surgem na meiaidade — representa uma passagem que nos oferece a oportunidade de nos iniciarmos em novos níveis de consciência. Krishna ensinou que o eu deve morrer para que nasça o Eu; no Tao Te Ching , o sábio chinês Lao-tzu nos conta que o aluno aprende com as perdas diárias. Jesus nos disse que temos de perder a vida a fim de conquistá-la. A essa altura, devemos lembrar que o pássaro mítico, a fênix, também renasce das próprias cinzas. Temos a necessidade de marcar nossos ritos de passagem com o ritual. Uma peregrinação anual; o Natal, a Páscoa, o Ramadan ou o Yom Kippur; festas de equinócio da primavera ou do outono — cada um deles ratifica ciclicamente nossas verdades através da cerimônia. Casamentos, funerais, batismos, crismas e bar mitzvahs param o tempo por um momento para dizer: “Prestem atenção. Algo significativo está acontecendo aqui.” Quer estejamos fazendo votos solenes, quer estejamos tentando dominar uma matéria difícil, estamos penetrando no terreno do novo e tomamos nota disso. É feita uma escolha, seguida de um período de preparação, de teste e, depois, de aceitação — cada um constitui um passo para uma iniciação na nova experiência. Até mesmo em nossas atividades mais mundanas, obedecemos a uma necessidade interior de marcar a mudança em nossa vida. Se uma cerimônia formal não é preparada, criamos inconscientemente um ritual que enfatiza a passagem. Mudamos de casa, compramos um carro, limpamos os armários, vendemos as coisas velhas — alguma coisa nos diz: “Olhe, acabou. Estou abrindo caminho para o novo.” Estamos sempre participando de um processo de conclusão e novos começos. Passo a passo, vivemos a vida comum para revelar o Divino. Pode parecer que a vida diária nem sempre tem algo que ver com o Divino porque fomos programados para ver ambos como coisas separadas. Mas até mesmo a experiência mais mundana é um exercício espiritual. Essa é a agenda da escola da Terra. Mesmo quando estamos vivenciando os nossos aspectos mais escuros, estamos recebendo a oportunidade de aprender mais a respeito de quem somos e de quem não somos. Cada vez que damos um passo consciente à frente, estamos trazendo o espírito para o nível físico. Esse passo consciente faz parte do eterno processo de iniciação. Ele assinala o ponto no qual a consciência interior é trazida para a expressão exterior, quando o corpo, a mente e o espírito se unem numa clara integração.


Quando você está sendo iniciado em alguma coisa, você está se tornando essa coisa. Transformamo-nos naquilo em que acreditamos Não é difícil nos tornarmos intelectualmente receptivos em relação a conceitos, quer sejam espirituais, psicológicos ou científicos. Mas outra coisa é nos tornarmos uma afirmação viva desses princípios. Ansiamos por uma verdade, descobrimos, pesamos, experimentamos essa verdade para ver se nos serve, somos confrontados com tudo o que há dentro de nós que não é essa verdade, resistimos à mudança que ela exige de nós e nos purificamos de todo entulho remanescente. A essa altura, não há mais luta, não há mais ambivalência. É isso o que somos. Sermos iniciados, portanto, é nos tornarmos aquilo em que acreditamos. E não há tapeações. Podemos nos enganar uns aos outros, podemos até mesmo concordar em nos enganar uns aos outros — “Eu acredito na sua hipocrisia se você acreditar na minha” —, mas somos aquilo que vibramos no mundo. Na verdade, há um grande alívio quando reconhecemos a futilidade de fingir que acreditamos numa verdade que não adotamos como nossa. Os fingimentos pesam muito e requerem um esforço enorme para serem levados adiante. Deixar os fingimentos de lado é uma atitude que nos permite ver com mais clareza aquilo que realmente está acontecendo; de outro modo, nós os cercamos de tanto fervor que começamos a acreditar neles como se fossem algo autenticamente nosso. Todos aspiramos por uma verdade muito antes de nos tornarmos essa verdade. Contudo, o desejo é o primeiro passo. Lembre-se do antigo provérbio: “Tome cuidado com aquilo que pede; você o obterá com o tempo.” Entretanto, em geral, temos de confrontar muitos espelhos que mostram como aquilo que desejamos faz falta na nossa vida. Se oramos para ter paciência, ela não vem como um buquê de rosas. Em vez disso, nos deparamos com uma situação após outra que nos permite que ponhamos em prática a paciência. Se rezamos pela paz, todas as nossas guerras internas serão declaradas, de modo que possamos aprender a ser pacíficos. Conheço uma mulher que abandonou uma carreira de sucesso como terapeuta, na qual era muito respeitada por suas descobertas e habilidades, para se dedicar a uma vida espiritual por alguns anos. Ela queria se tornar o amor em que acreditava. Foi para um ashram na Índia, onde foi imediatamente escalada para trabalhar na limpeza dos banheiros. À primeira vista, pareceria que sua cultura e suas habilidades não estavam sendo bem aproveitadas. Mas esse trabalho espelhava perfeitamente, para ela, a tirania do ego que sombreava o amor com a reprovação e a exclusividade. Enquanto esfregava vasos sanitários e assoalhos para os outros que viviam no ashram, durante alguns meses, ela aprendeu a impregnar de amor essa tarefa. Tornou-se aquilo que pedira para aprender. Essa tarefa humilde tornou-se o seu mestre iniciático.

As iniciações são os portais através dos quais passamos de uma sala para outra e depois para outra, e cada uma delas nos aproxima mais de nosso próprio centro, o Santo dos Santos. Cada sala encerra desafios para nós; seu tamanho, seu conteúdo, as pessoas que lá se encontram, tudo é perfeitamente designado para o nosso crescimento naquele momento. Sempre temos a opção de decidir se vamos seguir adiante. Temos o privilégio de dizer, a qualquer momento: “Obrigado, mas vou dar o fora.” Algumas salas contêm tentações fascinantes para nos reter: “Esqueça tudo. Divirta-se.” E podemos decidir ficar nessas salas, como os convidados de um banquete, enfeitados e bem alimentados, assegurando uns aos outros que esse é o melhor lugar possível para ficar. Algumas das salas contêm imagens aterradoras de nossas sombras, que parecem guardar o próximo portal como as ferozes gárgulas dos velhos templos. Se quisermos atravessar esses lugares, teremos de aceitar, dominar e integrar os monstros da sombra de nossas psiques. Um medo é sempre um medo. Enquanto essa energia não é liberada, ela continua sendo um ímã que atrai situações semelhantes. Se você tem medo de alguma coisa, acaba dando um jeito de vivenciá-la várias vezes. Como dizia Jó: “Aquilo que eu temia, aconteceu comigo.” Nossas iniciações acontecem todos os dias enquanto vivemos o aqui e agora. Através da boa vontade para honrar os nossos locais de aprendizado e estar inteiramente presentes com nossas dores e aflições, com nossos amores e descobertas, com nossa luz e nossa sombra, transformamos tudo aquilo que não é mais necessário. E a transformação é a meta da iniciação. O prefixo trans significa “ir através”; também significa “ir além”. O que ele não significa é “evitar”. Podemos passar muitos anos movendo-nos através de uma grande variedade de experiências para aprender as lições em qualquer passo de iniciação. Podemos até gastar muitas vidas nisso. Mas cada passo que damos representa uma iniciação espiritual. Quanto menos sobrecarregados estivermos com a bagagem de nossas idéias preconcebidas a nosso próprio respeito, que são todas temporárias, mais íntimos nos tornaremos daquilo que é real e duradouro.


“O irreal concebe a separação. O Real sabe que não há nenhuma separação. O irreal é solitário, causa desespero e preocupação; o Real vê o desafio, cria soluções, sabe. O irreal produz cada vez mais confusão. O Real fortalece.” Todos os nossos dramas têm o propósito de nos ensinar o Real, com um enredo por vez. Cada um nos aproxima mais da iniciação num outro nível de compreensão. Aquilo que parece ser real para nós em qualquer momento é relativo à nossa compreensão e ao nosso ponto de vista. Observando uma experiência em desenvolvimento, o que você vê é apenas a experiência, e nós dizemos que ela é boa ou ruim com base na dor ou no prazer que causa. Encarada pela perspectiva dos anos, ou melhor ainda, do prisma espiritual, a experiência é vista sob uma Luz inteiramente diferente. Por exemplo; um homem totalmente despreocupado com tudo o que não dizia respeito a seus objetivos imediatos e egotistas. Esse homem quebrou a coluna e acabou internado num hospital, ficando totalmente incapacitado, pelo espaço de um ano. À primeira vista, isso parece algo bastante ruim. Mas, depois desse ano, ele abriu um acampamento para crianças físicamente deficientes. De uma perspectiva mais ampla, o ano “perdido” foi aquele em que ele encontrou a si mesmo. Quanto mais ampla é a visão, quanto mais abrangente, maior é a habilidade de responder sim às coisas que parecem paradoxais, em vez de insistir no sim ou não; existe um paradoxo; “quando a mente não se expandiu o bastante para abarcar opostos aparentes”. Se nos dedicamos a buscar o Real, podemos viver com segurança no mundo e não apenas tolerar ou atacar aquilo que parece paradoxal. Isso se torna parte do prazer de explorar os mistérios ainda não revelados. Múltiplas realidades coexistem: elas não se anulam umas às outras. Talvez já tenha visto a figura do vaso que se torna o perfil de duas pessoas quando se muda o ângulo de percepção. Tão logo você entenda isso, poderá, facilmente, mudar de um ângulo para outro. Mas até chegar a entender isso, o perfil do objeto já terá mudado. Para subir uma escada é preciso que todos os degraus estejam no seu lugar. Nenhum degrau é mais importante que o outro, mas não se pode estar num degrau superior sem antes ter escalado os inferiores. Porém, à medida que subimos, a visão vai ficando mais ampla. Nossa perspectiva a partir dos degraus inferiores não pode abranger a vista que se descortina a partir dos degraus superiores. Contudo, a posição vantajosa dos degraus superiores não invalida os outros degraus. O primeiro degrau da escada é real; assim também o décimo. A diferença é que o décimo inclui o primeiro.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oração dos 7 raios

Oração dos 7 raios EU SOU a chama azul do poder. EU SOU a chama branca da ascenção. EU SOU a chama violeta em meu ser. Transmuta limitação! EU SOU Luz (3x) EU te adoro (x9) EU SOU Luz (3x) EU SOU harmonia. EU SOU a chama dourada da sabedoria. EU SOU a chama verde da concentração. A Chama Trina reina em meu coração! EU SOU Luz (3x) EU te adoro (x9) EU SOU Luz (3x) EU SOU rubi dourado. EU SOU a cura e a paz. EU SOU o amor da chama rosa. EU SOU o Cristo agora! EU SOU Luz (3x) EU te adoro (x9) EU SOU Luz (3x) Pela poderosa divindade que EU SOU, selar-se-á através da paz e harmonia do Universo o desejo do Cristo em mim, pois EU SOU onipresente, EU SOU onisciente, EU SOU onipotente, EU SOU, EU SOU, EU SOU em nome do Pai, do filho, do Espírito Santo , da Mãe Divina, amém. Fonte: Portal Arco Íris Por:  Fatima dos Anjos

QUEM SÃO OS 144 MIL MESTRES ASCENSOS

Existem 144 mil mestres ascensionados encarnados em todo o mundo. Um grande número deles ainda não está totalmente desperto para quem eles realmente são. Mas os “toques” e as ativações estão sendo feitas com muito cuidado para que tudo ocorra de forma sincronizada. Existe um plano ou projeto extremamente minucioso nesse sentido. Não quero dizer com isso que seja um processo de encarnação semelhante a dos humanos comuns, porque realmente não é. Muito pelo contrário, é muito diferente. Tentado explicando em poucas palavras… Um determinado casal que gera um filho nem imagina o que ocorre nos planos espirituais. Existe uma completa engenharia para que seja determinado qual espírito nascerá naquele corpinho. É levado em conta todo o histórico de vidas passadas do casal, das famílias de ambos e odo espírito que irá encarnar. Nada é aleatório ou porque Deus quis assim. Isso não ocorre dessa forma. Essa crença vem das religiões ignorantes que encheram a cabeça das pessoas com fantasias.

21 Verdades sobre evolução espiritual

1-)O que hora chamamos de evolução espiritual, nada mais é do que a compreensão das leis naturais que regem o universo e a humanidade. Os conhecimentos que hoje são de domínio da ciência, um dia já foram consideradas hipóteses ou teorias de cunho espiritual, religioso, místico, esotérico ou filosófico. O que diferencia ciência e espiritualidade é o nível de consciência entre as pessoas, pois não há separação entre as duas. 2-)A evolução é constante, não conseguimos trancar, barrar ou bloquear o movimento do universo. Como o universo não para, também não existe comodismo. Uma pessoa pode até estar acomodada, sem iniciativa para aprender o novo ou evoluir. Contudo não significa que ela não esteja evoluindo. Nesse caso o seu salto evolutivo está sendo acumulado na forma de Karma, para no futuro, permitir que os aprendizados que não teve sejam repostos. Portanto o comodismo é uma ilusão que deixa a alma assoberbada de compromissos espirituais para existências futuras. A busc