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As Etapas para uma Transformação Consciente-Parte 3

DA CÓPIA Á CO-CRIAÇÃO

“Você cria a sua própria realidade” pode parecer uma espécie de alucinógeno da Nova Era, que não tem nada que ver com o mundo real do dinheiro, do poder, da política, das pessoas sem teto, da AIDS ou com sua vida pessoal. Não compreendida, tal afirmação parece, na melhor das hipóteses, um clichê vazio e, na pior das hipóteses é sempre causadora de culpa, insultuosa e totalmente irrelevante. “O que é que eu tenho que ver com o mundo em guerra, com uma anomalia congênita, com uma economia que está fora de controle?” E, de modo mais pessoal, “O que eu tenho que ver com o meu começo de vida — minha família, sexo, raça, meu país ou status econômico?” Estas não são indagações simples. Confie nas aparências para avaliar as invariáveis existentes e é provável que pareçam totalmente caóticas, um “lance de dados”. O problema é que as invariáveis estão mudando constantemente, assim como as verdades absolutas de ontem cedem lugar às verdades absolutas de hoje e às de amanhã. Não causa grande surpresa que pessoas inteligentes às vezes optem pelo ceticismo. É uma energia de transição benéfica. Ela questiona e investiga o que é falso, mas permanece aberta à aprendizagem.


Sri Aurobindo, que foi ao mesmo tempo místico e intelectual, disse certa vez: “Em primeiro lugar eu acreditei que nada era impossível, e ao mesmo tempo me pus a questionar tudo.” Porém o cinismo, ao contrário do ceticismo, é um beco sem saída na procura da compreensão. Certa vez foi-me dito em Espírito: “Um cínico é alguém que tentou transferir Deus para a sua própria imagem e fracassou.” O cínico tende a dizer que não há causa, nem inteligência-guia, transcendente ou de outra espécie. Os que estudam alguns dos nossos mitos relatam que uma divindade antropomórfica tomou todas as decisões por nós, atribuindo-nos o papel que estamos desempenhando. Se você nasceu uma vietnamita cega que morreu numa ofensiva de ácido naftênico aos quatro anos de idade, bem, isso é apenas o desígnio traçado pela divindade. Não está ao nosso alcance saber o porquê. É simplesmente o mistério. No decorrer dos séculos, porém, antigos ensinamentos do mundo todo nos disseram que a realidade não é algo que é feito para nós; nós é que a criamos. Talvez a palavra nós deva ser sublinhada, porque muitas das realidades que vivenciamos são aquelas que fizemos juntos. Quando observamos os enormes desafios de nossas vidas e dos tempos, vemos que vale a pena empreendermos uma investigação séria sobre a possibilidade de sermos de fato criadores. Numa primeira consideração, daí poderiam resultar alguns confrontos sensatos com nossos egos, mas imaginem só as implicações que há em criar o futuro. É perigosa a simplificação excessiva quando discutimos como criamos nossas próprias realidades.


Em primeiro lugar, não foi com esta vida que nós começamos. O você que se encontra além da personalidade, o você verdadeiro, sempre existiu. Nunca houve época em que você não era; nunca haverá época em que não existirá. Se puder aceitar que, em algum nível mais elevado da existência, você escolheu o tipo de vida que agora está vivenciando porque ele iria lhe proporcionar as maiores oportunidades de crescimento e contribuição, verá que todas essas realidades estabelecidas, com que iniciou, tinham razão de ser. O fato de ter nascido um homem judeu em Manhattan, e não uma mulher islâmica no Teerã, representa a primeira parcela importante de criação da realidade na vida de uma pessoa. Não importa como você acha que veio ao mundo. Foi algo intencional. Muitas realidades foram criadas por essa escolha do nascimento. Por exemplo, uma moça que nasceu em meio a uma pobreza abjeta num país do Terceiro Mundo; Era uma dessas crianças de olhos grandes que a gente costuma ver em documentários de televisão. Ela viveu nessas condições até os dez anos de idade, quando se abriu a próxima fase de sua jornada, aparentemente improvável: foi adotada por uma família nos Estados Unidos que lhe pôde oferecer as oportunidades de que necessitava. Quando ela chegou, não falava uma palavra de inglês. Dez anos depois, essa garota estava cursando a pós-graduação com uma bolsa de estudos, especializando-se em ciência política com o compromisso de melhorar as condições de vida em países do Terceiro Mundo. Essa moça encarnou com uma inteligência brilhante. O objetivo de sua alma era aproveitar esta vida para servir ao mundo. Na preparação para a vida que pretendia adotar, ela imprimiu sua consciência, nos primeiros anos de vida, com a pobreza devastadora e, depois que isso foi feito, chegou a época de treinar o intelecto. Se ela já tivesse nascido privilegiada, poderia não se ter preocupado o bastante para que seu talento se colocasse a serviço do mundo. Do modo como aconteceu, ela se entusiasmou com a reforma no nível da alma e recebeu a oportunidade de fazer isso por meio da sua formação. Ela também poderia ter tido a oportunidade de trabalhar por intermédio da revolta pessoal contra a injustiça no mundo, aprendendo a transformar as frustrações e as dores dos seus primeiros anos de vida. Mas isso faz parte da preparação para ser um instrumento de trabalho eficaz.


Uma vez no plano terrestre, cada um de nós vive em meio a muitas realidades e exerce a capacidade de criar dentro de todas elas. Em primeiro lugar, temos a experiência relativa a nós mesmos como indivíduos que fazem escolhas baseadas em predisposições, necessidades pessoais, preferências e motivos inconscientes. Essas escolhas criam as nossas realidades. Se eu prejudico o meu corpo com comida pouco saudável, recuso-me a fazer exercícios físicos e continuamente me enveneno com pensamentos negativos, acabarei criando uma realidade pessoal que me devolverá os resultados dessas escolhas dentro de semanas ou anos. Em segundo lugar, também vivemos realidades nas quais desempenhamos apenas um papel. Você e eu somos partes de famílias que nos forneceram não apenas nossa herança genética, mas também nossas idéias sobre valores familiares. Em troca, contribuímos para a história de nossas famílias desde o momento em que nascemos. Mesmo que tivéssemos de fugir de casa, nossa rejeição afetaria a todos e se tornaria parte da história da família. Os sexos também ajudam a moldar as nossas realidades. No momento do nascimento, herdamos todas as atitudes predominantes do nosso sexo todos os mitos, proibições e expectativas. Enquanto não conseguirmos mudar, por nós mesmos, as percepções universais de masculino e feminino, as escolhas que fazemos ao viver nossas vidas como homens e mulheres certamente influenciarão o todo. Por último, somos influenciados pela realidade da nossa espécie e participamos da sua criação. Somos células pensantes na mente única da humanidade. Nossas atitudes e crenças, nossas visões e nossos medos vertem no oceano coletivo em que todos estamos nadando.

A unicidade da vida

O mito de que somos separados e isolados, de que cada um de nós é um sistema fechado, está agora se dissolvendo na verdade maior de que cada um de nós tem influência sobre aquilo que vê. Desde 1902, quando Werner Heisenberg desenvolveu o princípio da incerteza, a ciência vem demonstrando que não existe análise estritamente objetiva. Nossa observação de uma coisa é parte de sua realidade e da nossa também. No livro de David Peat, Synchronicity: The Bridge Between Matter and Mind [Sincronismo: A Ponte entre a Matéria e a Mente], é citado o físico John Wheeler: “Tínhamos a velha idéia de que havia um universo lá fora e de que aqui estava o homem, como observador, seguramente protegido do universo por uma chapa de vidro de seis polegadas. Agora aprendemos, com o mundo quântico, que até mesmo para observar um objeto tão minúsculo como o elétron, temos de quebrar a chapa de vidro; temos de alcançar lá dentro… Assim, a velha palavra observador simplesmente deve ser abolida dos livros e, em seu lugar, devemos introduzir o termo participante. Desse modo, chegamos a compreender que o universo é um universo participativo.”


A física quântica nos ensina que nada existe isoladamente. Toda a matéria, das partículas subatômicas às galáxias, é parte de uma complexa rede de relacionamentos dentro de um todo unificado. O trabalho do físico David Bohm sobre partículas subatômicas e o potencial do quantum levou-o a concluir que, se os seres físicos parecem estar separados no espaço e no tempo, eles, na verdade, estão ligados ou unificados de forma implícita ou unificadora. Sob o indiscutível domínio das coisas ou dos acontecimentos isolados reside um domínio implícito da totalidade individual, e esse todo implícito conecta todas as coisas. Um antigo ensinamento sânscrito relata que no Paraíso do Indra há uma rede de pérolas tecida de tal modo que, se você olhar para uma delas, verá todas as outras refletidas nela. Da mesma maneira, cada objeto do mundo não é tão-somente ele próprio, mas engloba todos os outros objetos e, na verdade, ele é todos os outros objetos. Hoje, reconhecemos a realidade da rede de Indra na espantosa multidimensionalidade do holograma. Os hologramas podem ser mais bem entendidos por meio da ilustração. Se você pegar uma imagem holográfica de um cão e ampliar apenas uma parte dela, digamos, a cabeça, obterá mais do que uma figura da cabeça do cão; você obterá o cão inteiro. A cabeça do cão é uma parte do todo, e o todo está presente em cada uma de suas partes. O neurofisiologista de Stanford, Karl Pribram, considera que o holograma pode ser um modelo do cérebro humano e, mais ainda, que pode refletir a estrutura de todo o nosso universo. A energia da cura e a informação são transmitidas através do meio unificante que conecta toda a vida — a ordem implícita de Bohm — e esse meio situa-se além do tempo e do espaço que normalmente percebemos. Somos inseparáveis de toda a natureza. Não podemos perturbar o equilíbrio da natureza e esperar que não sejamos atingidos, assim como não podemos prejudicar a nossa própria vida sem que a nossa família seja atingida. O livro Resettling America Energy, Ecology, and Community [Reorganizando a energia, a ecologia e a comunidade na América], de Gary Coates, conta uma história que sublinha o que acontece quando nos recusamos a respeitar o complexo sistema de interdependência da natureza.

UMA HISTÓRIA COMUM NOS DIAS DE HOJE

A Organização Mundial de Saúde (OMS) espalhou DDT em algumas aldeias de Bornéu, numa tentativa de erradicar a malária. As aldeias eram formadas por “casas enfileiradas”, baixas, cobertas com palha, nas quais viviam aproximadamente quinhentas pessoas, num único núcleo, de modo que era uma coisa simples pulverizar as cabanas com o inseticida. O efeito a curto prazo foi uma queda significativa de incidência da malária. Porém, não levou muito tempo para que as aldeias fossem invadidas por ratos da floresta que carregavam pulgas no pêlo. Era um problema de certo modo preocupante, já que as pulgas eram portadoras de praga. Na verdade, muitos animais chegaram a morar nas cabanas cobertas com palha. Havia baratas, lagartixas e gatos. O DDT foi absorvido pelas baratas, que foram comidas pelas lagartixas. Estas, por sua vez, foram devoradas pelos gatos. Mas, como o DDT se torna cada vez mais concentrado à medida que se espalha pela cadeia alimentar, os gatos é que acabaram morrendo todos, envenenados pelo DDT. Com o desaparecimento dos gatos da aldeia, o caminho ficou livre para os ratos invasores. Para solucionar este novo problema, a OMS teve de soltar gatos de pára-quedas dentro das aldeias. Mas esse não foi o único efeito colateral. Pequenas lagartixas também viviam nas cabanas. Quando o DDT causou a morte do organismo menor que era predador dos insetos, o número de lagartixas aumentou rapidamente. Infelizmente, as lagartixas passaram a se alimentar das coberturas de palha. Não levou muito tempo até que aldeias inteiras viessem abaixo. Nós realmente criamos todas as nossas realidades, mas não as criamos necessáriamente sózinhos. Somos “co-criadores” junto com outras pessoas e com a natureza. Criamos mundos pessoais com retroalimentação imediata, bem como realidades pessoais a longo prazo que levam muitas vidas para se manifestar. Também ajudamos a criar realidades relativas à família, à raça, ao sexo, à espécie e ao planeta. Somos participantes — e não vítimas — de um mundo que influenciamos mediante toda a escolha que fazemos.


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